Pesquisa Bolsa x Criptomoedas

Uma euforia tomou conta do mercado de criptomoedas no final de 2017 ao qual o Bitcoin chegou a bater quase 20 mil dólares e o market cap de todas as moedas somadas chegou a 834 bilhões de dólares, segundo o site coinmarketcap.

Todo esse alvoroço ocorreu devido ao início das negociações de contratos futuros na CBOE (Chicago Board Options Exchange) ao qual permitiu a diversos investidores colocarem parte de seu portifólio em cripto sem necessariamente ter a moeda.
Uma imensa massa de iniciantes entrou no mercado sem noção do que estavam investindo, agindo por notícias expeculativas, ajudaram a impulsionar o preço.

Em 17 de Dezembro de 2017, em seu maior pico, o Bitcoin atingiu o valor de 20 mil dólares e possuía um market cap de 336 bilhões e 265 milhões de dólares, isso significa pouco mais de 140% do mercado atual de todas as criptos.

Depois de algumas notícias de regulação das moedas por governos, a desconfiança de alguns grandes investidores fez com que os preços desabassem. Por consequência, as pessoas que haviam investido na moeda acreditando que iriam ganhar dinheiro fácil, viram seu dinheiro evaporando rapidamente, então resolveram sair do mercado fazendo com que os preços caíssem novamente.

Outros dizem que a alta ocorrida em Dezembro de 2017 e essa queda foi e está sendo manipulada, nisso inclui os contratos futuros de Bitcoin, porém não se pode afirmar nada.

Em Janeiro deste ano a CVM (Comissão de Valores Mobiliários do Brasil) proibiu que fundos de investimentos alocassem posições em criptomoeda.

Em Março deste ano houve proibição da propaganda de qualquer tipo de cripto tanto no Google quanto Facebook. Outro motivo da queda.

Em 01 de Setembro de 2018, o market cap de todas cripto moedas somadas caiu para 235 bilhões de dólares. Notamos que em momentos de baixa, o Bitcoin sobe sua porcentagem, atualmente tem 52% de dominância.

Nesses últimos 3 meses (Junho-Agosto), o Bitcoin teve uma variação entre 5900 e 8400 dólares.
varição do bitcoin nso últimos 3 meses
Fonte: CoinMarketCap

Um dos gatilhos esperados para a subida do mercado de cripto, é a entrada do investidor institucional. Por ser um instrumento de alto risco, devido a muito pouca regulação, ainda está sendo estudada por diversas entidades ao redor do mundo (alguns países já estão usando a moeda para pagar funcionários como é o caso do Japão).

Em agosto foi adiada mais uma vez a criação de um ETF do Bitcoin pela SEC (comissão americana de mercado de capitais, equivalente a CVM), e isso fez com que o preço caísse novamente.

Ainda há caminho para o amadurecimento e entendimento do mercado pelas instituições tradicionais, e quando isso ocorrer, aqueles que estiverem posicionados serão muito bem recompensados com o aumento dos preços.

Comparando valores com o Mercado Tradicional

Dizem os especialistas que o Bitcoin quando tinha subido era uma bolha, porém comparando com o mercado tradicional verificamos que não é bem assim.

Ouro - a grama R$158 (dólar vale R$4.05 dia 01/09/2018) - seu mercado, no mundo, equivale a 7 trilhões e 388 milhões de dólares (31 vezes o valor das criptos).

Apple - A empresa, em valor de mercado, atingiu mais de 1.1 trilhão de dólares nesse mês.

Stock market - O mercado de ações global equivale a 73 trilhões de doláres.

Derivative market - uma baixa estimativa do mercado de derivativos global remete a 544 trilhões de dólares num contrato básico nacional podendo chegar a uma alta estimativa de 1.2 quadrilhão de dólares, porém ninguém sabe o tamanho exato.

Imóvel - o valor de todo imóvel no mundo é equivalente a 217 trilhões de dólares.

Mais comparativos em http://money.visualcapitalist.com/worlds-money-markets-one-visualization-2017/


Com relação a moeda fiduciária temos um valor intrínsico referente a oferta e demanda, nesse caso ela vale o que você está disposto a pagar determinante também pelo momento do mercado e país.

No moeda fiduciária, temos o agente regulador chamado de Banco Central. Este, se necessário, imprime mais dinheiro, criando assim inflação e desvalorização seu valor de face. No Bitcoin, por exemplo, não temos isso. Seu número é finito (21 milhões de unidades), então, quanto mais gente o compra maior o preço fica.

O número de brasileiros que investem em criptomoeda superou 1 milhão desde 2017. Uma das exchanges mais populares, o MercadoBitcoin, já possui mais de 1 milhão de clientes.

Continue lendo mais informações no post anterior referente a como comprar de bitcoin.


Bolsa de Valores


Quando é falado sobre economia há uma sopa de letrinhas a serem aprendidas. Na TV, quando vemos falando sobre a bolsa de valores, é focado apenas no índice de cada bolsa. No Brasil, temos o IBOV (ibovespa) dentre outros. Este índice é uma carteira teórica elaborada pela bolsa brasileira e, atualizada algumas vezes ao ano, que contempla de 50 a 70 ações das 441 empresas listadas. Muitos investidores institucionais, por regras internas dos fundos, tanto locais como de outros países, só podem investir em empresas destes índices.

Vemos que temos muito poucas empresas na bolsa comparando com o território e o tanto de gente que temos neste país. A bolsa do Japão (Japan Exchange Group), por exemplo, tem 3634 empresas listadas. Uma das bolsas dos Estados Unidos, a NASDAQ, possui 3424 empresas listadas.

O Brasil é carente de diversas coisas, a educação básica é péssima, tanto que estudamos a vida inteira e saímos da escola sem o mínimo de conhecimento necessário para enfrentar os desafios quotidianos, quem dirá aprender sobre economia e empreendedorismo não é verdade? Então, você deve aprender por sí só ou buscar acessoria com quem entende e não apenas acreditar no que a grande mídia tenta lhe passar. Não seja apenas um mero expectador, se desenvolva e aprenda a ter senso crítico.

O brasileiro ainda acredita que seu banco lhe oferece o melhor para seus investimentos. O banco indica o que é mais rentável para eles e não para seus correntistas. Sem contar as reclamações contra os serviços mal prestados. O banco central tem um ranking de reclamações dos clientes contra os bancos organizados ao qual pode ser útil para você na hora de dedicidir o menos pior.

De acordo com os dados da bolsa brasileira (B3), o número de CPFs registrados em 31/07/2018, são de apenas 715 mil 420, sendo 75% homens e quase 22% mulheres, dentro os quais cerca de 60% possuem mais de 55 anos, o restante 2.9%, são PJ, com 21 mil e 361 registros.

Quando verificamos o número de clientes dos grandes bancos, segundo o banco central, conforme gráfico abaixo, notamos uma diferença enorme comparando com quem investe na bolsa.
Número de correntistas dos grandes bancos segundo a fonte Banco Central - setembro 2018 - gráfico elaborado pelo autor do blog
Fonte: Banco Central

No primeiro semestre de 2018 a B3 (bolsa brasileira - formada pela ex-Cetip e BMF&Bovespa) teve um lucro líquido corrente de 1.3 bilhão de reais. No primeiro trimestre de 2018 teve lucro líquido corrente de 448.2 milhões de reais. Quando comparamos com os lucros dos bancos, o resultado não é tão significante. Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil juntos, neste primeiro trimestre, lucraram mais de 16 bilhões de reais. Porém quando analisamos pelo número de clientes a bolsa é mais rentável que os bancos.